Vivo para Correr

Não iremos aqui falar sobre o mercado financeiro e seus chiliques passageiros. Por alguns anos fui investidor da bolsa de valores e sempre me via afetado pelas crises do mercado financeiro global. Cada hora uma crise nova e motivos muitas vezes não muito confiáveis. Bastava uma borboleta bater uma asa no oriente que o tsunami se arrastava mundo afora e nos afetava aqui no Brasil. Ainda é assim. Acabei me cansando daquilo tudo e troquei de mercado. Fui investir meu suado dinheirinho em mercados menos bipolares.

Vejo que neste momento o mercado de corrida de rua brasileiro, especialmente as maratonas, vem passando por um cenário de crise de confiança. Há poucos dias a maratona de São Paulo foi transferida do final do mês de abril para para o início do mês de outubro. A justificativa foram as obras do monotrilho e de grandes eventos que ocorrerão na capital paulista. Hoje foi confirmada a alteração de data da maratona de Porto Alegre. A justificativa está relacionada com o jogo da seleção brasileira contra a francesa. Assim, a maratona gaúcha, a que é considerada por muitos a melhor maratona nacional, foi adiada em uma semana. 

Para o atleta, seja ele amador ou profissional, planejar uma maratona não é algo simples. Os treinamentos são longos. As inscrições muitas vezes são feitas com grande antecedência. Passagens aéreas, hotéis e outras necessidades de viagens são agendadas, da mesma forma, bem antes da data da corrida. Um simples adiamento provoca grande prejuízo. 

O mais grave ligado a estes dois fatos, relacionados com a maratona de São Paulo ou a de Porto Alegre, envolve a confiança do atleta e a organização da prova. Eu sinceramente já me coloco com os dois pés atrás para me inscrever para outra maratona no Brasil este ano, ou ano que vem, ano da copa do mundo. O melhor a fazer é  se inscrever no limite máximo de data. 

Bons treinos a todos!