Postado por Leo Mesquita on terça-feira, abril 17, 2012
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Digamos que o correto seria ter um planejamento de treinamentos. Quando não há uma meta competitiva, o planejamento seria voltado para manutenção e melhoria do condicionamento físico. Mas mesmo assim ainda seria muito importante ter um planejamento de treinos onde a meta individual seja corretamente objetivada. Vamos lembrar que para otimizar a perda de peso corporal, por exemplo, é importante controlar o ritmo da corrida para que a queima de gordura seja maximizada.
Mas como deveriam ser interpretadas as planilhas de treinamento? No nosso papel de atletas não precisamos saber montá-las, mas é importante que saibamos interpretá-las para permitir inclusive um diálogo mais adequado com os treinadores.
O treinamento começa da Fase de Recuperação. No início da temporada esta fase é mais conhecida com período de treinamento Base. Os objetivos seriam aproximadamente semelhantes: fazer uma adaptação inicial ao treinamento que virá pela frente. O foco está no aumento da capacidade respiratória e melhoria da resistência muscular. Quando falamos de uma fase de recuperação após o período de competição objetiva-se também a recuperação física e emocional do atleta.
Logo após a periodização entra na fase de Preparação Geral. Esta é a fase mais longa do ciclo. O objetivo é aumento da força muscular e da velocidade. Diversos tipos de trabalhos podem ser feitos tanto ao ar livre quanto em academia. É importante neste período incluir exercícios de melhoria do equilíbrio e da marcha da corrida, os chamados exercícios funcionais.
O polimento é feito logo a seguir durante a Preparação Específica. O que era possível ganhar em velocidade já está 90% concluído. Agora é hora de acertar o ritmo de prova e ganhar resistência. Importante começar a reduzir o trabalho de força em academia. A intensidade nos treinos de corrida chegará ao seu pico máximo. Participar de alguma prova durante esta fase já é recomendável. Focar no descanso é importante para que os treinos possam ser executados perfeitamente.
E finalmente chega-se à fase Competitiva. É hora de planejar a execução da prova. Comprovar que o treinamento valeu à pena. Conquistar o objetivo. É uma fase curta, duas, no máximo três semanas. O pico de performance é projetado para ser encontrado neste momento. Chegou a hora de obter uma nova melhor marca pessoal.
E novamente uma nova fase de recuperação é encontrada. Recuperação física, muscular, psicológica. Dar um refresco ao corpo e à cabeça. Hora de comemorar o que foi conquistado, liberar a alimentação e reencontrar o que ficou de fora da agenda durante a longa fase de treinamento onde algumas atividades sociais foram descartadas.
É isto. Coloco aqui a minha percepção sobre o treinamento de corrida de rua. Não sou uma pessoa formada na área. Não publico aqui com objetivos científicos. Mas neste ano comprovei que treinamento de corrida de rua é quase uma ciência exata. Só não é totalmente exata porque lida com pessoas e emoções. Mas a imprevisibilidade na corrida de rua é muito pequena! Valorize o seu treinador!
Bons treinos a todos!


2 comentários:

Danilo Confessor disse...

Eu estou começando agora, ainda sou um entusiasta. Em função do meu peso atual (108Kg), ainda não estou forçando muito para evitar lesões.
Quando eu perder mais peso, quero fazer um treino mais sério, com o acompanhamento de um profissional.
Por enquanto, tenho treinado principalmente na esteira da academia.
Valeu pelas informações Leo.

Abçs

Bruno Chinellato disse...

Ótimo post Leo! Eu estava correndo sem planilha até pouco tempo, e tinha bons resultados, mas quando comecei a seguir um treino específico percebi resultados ainda melhores. É difícil de acreditar que seguir um treino dá tanta diferença, mas é incrível o quanto você evolui tendo uma regra para seguir.

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