Postado por Leo Mesquita on terça-feira, novembro 06, 2012
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Não poderia ter dado maior sorte ao ter escolhido a Asics Golden 4 Etapa de Brasília para fechar o meu calendário oficial de competições de 2012. Uma prova para gigantes! Um percurso extremante técnico que te convida para sentar bota nos primeiros 3 km e cobra todo o preço nos 3 km finais.
Fui para a largada sem qualquer meta específica, sabendo que as minhas últimas semanas não tinham sido boas em termos de treinamento. Havia passado por momentos de muito estresse no trabalho e não havia conseguido treinar adequadamente. Apenas na largada percebi que não poderia deixar de tentar o meu melhor. Que não importava o que fosse acontecer, apenas não poderia desistir da luta antes de iniciar a batalha. Concentrei na meta de 1h 22min e larguei.
De cara aceitei o convite do trajeto em descida e soltei o freio de mão na descida. A temperatura agradável e o céu nublado ajudaram todos os corredores. Passei pelo km 8 com tempo levemente inferior a 30 minutos, ritmo de 03:45 min/km. Um pouco mais à frente estaria o ponto de retorno. O km 10 já estava no sentido contrario, após o ponto de retorno, e passei por ele em 38min e 15seg. Esta marca já anunciava que poderia atingir a meta proposta na largada. Estava melhorando minha melhor marca nos 10 km em cerca de 20 segundos. Após o ponto de retorno iniciava uma extensa subida que foi por mim desprezada quando avaliei o percurso. Uma subida de leve inclinação, mas bastante extensa. O ritmo caiu cerca de 15 seg/km.  Quando passei pelo km 16 estava com mais de 1h e 2min de prova. Ou seja, havia percorrido o trecho entre o km 8 e 16 dois minutos mais lento do que os primeiros 8 km da prova. Cheguei a desejar o final da subida! E ela acabou antes do km 15.
Dali pra frente era aproveitar o que havia sobrado em termos de energia. Mas a minha sola do pé começava a doer bastante. O trecho em descida já deixava em mim sua marca. Comecei a achar que nem conseguiria terminar a prova e que minha pele da sola do pé se soltaria completamente a qualquer momento, tamanha era a ardência que sentia. A forte descida próximo à Praça dos Três Poderes me deixou apreensivo. Mas ao chegar no km 18 percebi que o pior havia passado e nada mais me impediria de cruzar a linha de chegada da prova.
Até o km 21 foi pé embaixo. Força máxima. Não corria sozinho. O alto nível da prova dava ali seu sinal. Havia um grupo de 6 a 10 corredores, todos correndo no ritmo de 03:55 min/km. Algo bem razoável para os 3 km finais de uma meia maratona. Eu corria com o pensamento na linha de chegada. Seria possível ficar no TOP 100? Iria realmente melhorar meu recorde pessoal? 
Cruzei a linha de chegada e cravei no meu relógio 1h 23min e 04seg, o recorde pessoal estava garantido. Emocionado e muito ofegante recebi a medalha de TOP 100. Foi uma emoção enorme! O sonho estava realizado. Duas metas atingidas! Que prova! Depois do almoço, já em BH, recebi o SMS da organização informando o tempo bruto de 1h 23min e 02seg. A espera pelo tempo líquido começava! Mais de 48 horas de espera. Eis que surge o tempo líquido na casa da meta proposta. Perfeito!
O ano está encerrado! E deu tudo certo em 2012. Agradecerei demais por isto na Volta da Pampulha quando serei guia de atleta deficiente visual. Será a minha forma de retribuir tudo o que conquistei este ano.

3 comentários:

Aline disse...

Parabéééns!!! Bela forma de fechar o ano, certeza que a Volta da Pampulha vai ser uma experiência única e inesquecível. Um abraço.

Karinne Vanessa disse...

Parabéns, fechar o ano com chave de ouro nos motiva a dar continuidade ao próximo com louvor!!!
Boa prova em Pampulha, certamente a experiência será fantástica!
Abraço, Karinne.

Anderson Vital - Uberlândia-MG disse...

Grande Léo! Parabéns pelo seu resultado na Golden4, foi uma prova bem peculiar e você chegou onde planejou. Abraço!

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