Postado por Leo Mesquita on terça-feira, julho 12, 2011

Desde que me lesionei estou me perguntando onde foi meu erro. Cronologicamente tudo aconteceu da seguinte maneira. Dia 22 de maio corri uma ótima maratona em Porto Alegre, resultado final 3h e 03min. Na semana seguinte descansei totalmente da corrida, nenhum sintoma preocupante, fiz apenas musculação durante a semana e nenhum tipo de desconforto. Dia 29 de maio corri uma prova de cerca de 4.7 km em terreno com altimetria complicada. Fiz a prova muito bem, em ritmo intenso. Resultado final 17min 22seg. Na semana seguinte, início de junho, retomei os treinos. E ai tudo se deu. Acabei sentindo a primeira dor que me afastou da corrida. Na semana seguinte era impossível correr e de lá pra cá nada, simplesmente nada. 5 semanas sem correr. Onde errei? Não sei! Seria a lesão simplesmente resultado do acumulo de atividades durante o período? Muito possivelmente.
Durante estas 5 últimas semanas mantive a musculação e encontrei no spinning um ótimo refúgio. Hoje considero fortemente substituir um treino de corrida por uma aula de spinning.
Até a maratona de Porto Alegre os meus treinos semanais foram distribuídos em 4 seções de corrida, 2 dias de musculação. As aulas de musculação ocorreram em grande parte após os treinos de corrida.
O livro "Treine menos, corra mais" traduzido do original "Run Less, Run Faster" preconiza um método de treinamento onde a intensidade é privilegiada ao alto volume. O método sugere apenas 3 dias de corrida por semana e mais duas seções de cross training: bicicleta ou natação. Podendo ser spinning ou deep running, por exemplo. Estou muito alinhado a esta corrente de pensamento. Só falta mesmo uma coisa: recuperar a minha lesão e colocar o método em prática.
De qualquer forma uma dúvida paira no ar. O que favorece mais as lesões, alto volume ou alta intensidade? Ou as duas em uma combinação mortal?

4 comentários:

Érico Eustáquio Gomes da Costa disse...

Como assinante do feed do seu blog e leitor assíduo dos seus posts, confesso que estou muito aquém dos seus tempos! nunca completei uma maratona, até hoje só corri meias, mas a sua observação é algo que já havia adotado sobre treinar 3 vezes por semana, considero ser aplicável a mim. Comecei a sentir uma dorzinha chata no joelho cerca de 1 ano atrás, quando estava nessa de treinar intensamente, busca (na minha opinião) excessiva de melhora de resultados e depois de uma opinião de um médico amigo, maneirei meus treinos, e passei a encarar a corrida com seriedade no quesito prazer e boa forma, e sem cobrança de resultados visto que soui profissional de TI, e não corredor! a corrida tem que ser um prazer, e não algo que possa me tirar de outras funções. Desde então corro na segunda, quarta e sexta, ou troco a sexta pelo sábado e as vezes domingo. Não tive mais dores no joelho e percebi que meus tempos não pioraram, consegui inclusive meu melhor tempo em corridas de 10Km. no último circuito Caixa BH. Mas uma coisa é fato, cada organismo é único e o que serve pra mim não necessariamente será o melhor para você, mas é fato que para nós que não somos profissionais, é melhor conviver com o prazer da corrida ao longo da vida praticando com moderação, do que sofrer uma cirurgia e correr inclusive o risco de não correr mais, em busca de resultados que nos darão muita satisfação pessoal, mas que nos cobrarão muito em troca!

Leonardo Nista disse...

Fala Léo, meu parceiro e xará!

Será que o que está faltando para seu corpo seu "auto-regenerar" não seriam horas de sono adequadas e também a quantidade?

Sei que muitas pessoas devem te dar dicas aos montes, e não vou ser diferente.

Estou lendo o livro do Nuno Cobra, chamado A Semente da Vitória. Nuno foi o treinador pessoal de muitos campões, entre eles Ayrton Senna.

O que ele mais enfatiza em seu livro e consequentemente seu método de treino para atingir resultados espetaculares é um sono bem dormido!

Se tiver interesse, leia esse livro e você poderá ter encontrado a solução para esse e outros problemas.

Eu estou gostando bastante do livro e colocando muita coisa em prática.

Melhoras aí guerreiro!

abraços

Leonardo Nista
Corro por Correr

Corredor Anônimo disse...

Olá Leonardo!

Realmente as lesões nos fazem refletir onde foi que nós erramos, e atualmente estou passando por esta fase de reflexão.

O que estou procurando fazer é descobrir todos os erros que venho realizando em treinos de corrida (acredito que são vários!) desde que mudei para Campinas e corrigindo-os de acordo. Uma coisa que acredito muito é no tripé dormir bem, comer bem e treinar bem. Qualquer desequilíbrio em um destes pilares será suscetível de lesões.

O importante nestes casos, ao meu ver, é não ficar acomodado e partir em busca da recuperação. O que muda de pessoa para pessoa é como alcançá-la. Descansar totalmente, treinar de leve, cross training, reforço muscular... Existem diversas formas, como você mesmo disse.

E obrigado por compartilhar uma boa leitura!

Espero que tenha uma excelente recuperação!

Anônimo disse...

O que favorece mais as lesões, alto volume ou alta intensidade?

Eu acho que é a falta de adaptação para uma dessas duas variáveis (intensidade ou volume) que pode ocasionar as lesões.

Veja que alto ou baixo é relativo e tem de ser comparado com algo.

100 km semanais é alto ou baixo ? Depende ...

20 km / h é rápido ou lento ? Depende ... é lento desde que eu esteja confortável com o ritmo.

Então acho que o segredo é esse: treinar / adaptar / descançar / treinar mais / nova adaptação / e assim por diante.

Search